Olá, amigos. Meu nome é Aletéa Martins, sou graduanda em Nutrição, e vou compartilhar com vocês a partir de hoje alguns assuntos relacionados à nutrição e alimentação.
Neste primeiro post, vou começar falando um pouco da anatomia do sistema digestório, desde a entrada do alimento na boca até a excreção dos resíduos e comentar sobre as glândulas anexas ao sistema digestório.
Para se manter vivo e funcionando, o organismo deve receber um contínuo suprimento de material nutritivo. Os alimentos, da forma como são ingeridos, não são aproveitados; devem sofrer alterações físicas e químicas até serem constituídos de pequenas moléculas antes de serem absorvidos no sangue e serem úteis às células para sua nutrição e reprodução.
O sistema digestório humano é formado por um canal alimentar, aberto nas extremidades (boca e ânus), ao qual estão associados órgãos e glândulas que participam da digestão. Apresenta as seguintes regiões: boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso e ânus; e as seguintes glândulas anexas: glândulas salivares, vesícula biliar, fígado e pâncreas, que são essenciais no processo da digestão, produzindo tanto os sucos que degradam os alimentos como também os hormônios que controlam todo o processo.
A boca é a primeira estrutura do canal alimentar e é a abertura pela qual o alimento entra no tubo digestório, tendo como função a mastigação e a insalivação. O teto da cavidade bucal é constituído pelo palato (separa a cavidade nasal da cavidade bucal) e consiste em duas partes: uma porção anterior, óssea, denominada palato duro; e uma porção posterior, muscular, chamada palato mole.
e você encostar a língua no céu da boca, saindo dos dentes vai perceber o palato duro, e continuando a passar a língua até bem mais atrás, vai perceber o palato mole.
A língua é um órgão muscular revestido por mucosa e que exerce importantes funções namastigação, deglutição, gustação e fonação. Participa da mistura da saliva com o alimento e mantém o bolo alimentar pressionado entre os dentes para a mastigação, e depois, empurra-o para trás, para ser deglutido.
A faringe é um importante órgão que serve de via tanto para o sistema respiratório (passagem do ar em direção à laringe), como para o digestório (passagem do alimento para o esôfago).
Você sabe por que enquanto estamos engolindo não conseguimos inspirar o ar?
Porque, na deglutição, o palato mole sobe, bloqueando a comunicação entre a cavidade bucal e nasal. Assim, o alimento é impedido de penetrar na cavidade nasal. Da mesma forma, e epiglote desce e fecha a entrada da laringe, impedindo que o alimento entre no trato respiratório.
Veja esse vídeo que mostra direitinho isso que acabei de explicar:
Você já presenciou alguém bebendo água e, por algum motivo, começou a rir sem parar e acabou saindo água pelo nariz? É porque o palato mole ficou relaxado com o riso e, com isso, a água acabou entrando na cavidade nasal.
O esôfago é um canal muscular que liga a faringe ao estômago. Situa-se posteriormente à traquéia e anteriormente à coluna vertebral, atravessando o diafragma para, então, entrar no estômago. O alimento é impulsionado através de todo o tubo pelas ondas peristálticas.
Essas ondas são movimentos ondulados e de contração próprios de todo o canal alimentar e que permitem que o bolo alimentar seja empurrado ao longo do tubo digestório. Você sabia que através dos peristaltismos, você pode ficar de cabeça para baixo e, mesmo assim, seu alimento chegará ao intestino? Entra em ação um mecanismo para fechar a laringe, evitando que o alimento penetre nas vias respiratórias.
O estômago é uma dilatação do tubo alimentar, localizado no lado esquerdo, abaixo do diafragma. Apresenta como funções básicas: reservatório do alimento, misturar os alimentos com o suco digestivo produzido por ele e liberar os alimentos (em forma de quimo) para o intestino delgado.
O intestino delgado é, provavelmente, o órgão mais importante da digestão, pois é nesse tubo, com pouco mais de 6 m de comprimento por 4 cm de diâmetro, que se processam as fases da decomposição dos alimentos e da absorção dos nutrientes. É dividido emduodeno (cerca de 25 cm), jejuno (cerca de 5 m) e íleo (cerca de 1,5 cm).
A digestão do quimo ocorre, predominantemente, no duodeno e nas primeiras porções dojejuno. As contrações rítmicas e os movimentos peristálticos movimentam o quimo, ao mesmo tempo em que este é atacado pela bile, enzimas e outras secreções. A absorção dos nutrientes ocorre nas regiões do jejuno e do íleo. A superfície interna dessas regiões apresenta as microvilosidades.
Todas essas dobras aumentam enormemente a superfície do intestino e, portanto, a sua capacidade de absorção dos nutrientes (cerca de 180 metros quadrados).
O intestino grosso é a porção terminal do canal alimentar, mede cerca de 1,5 m de comprimento e 7 cm de diâmetro, não possui vilosidades nem secreta sucos digestivos e normalmente só absorve água, em quantidade bastante consideráveis. Assim, as funções básicas do intestino grosso são: absorção de água e formação e eliminação de fezes.
Os órgãos anexos são chamados assim porque participam auxiliando na digestão, porém, os alimentos não passam entre eles. As glândulas salivares, o pâncreas, o fígado e a vesícula biliar estão intimamente associados à digestão. As glândulas salivares secretam enzimas digestivas na boca, o pâncreas secreta enzimas que agem nos três principais componentes de ingestão – glicídios, lipídios e proteínas e a bile, secretada pelo fígado, atua na absorção de lipídios. A vesícula biliar concentra e armazena a bile.
Vejam esse vídeo legendado super bacana que traz mais detalhes sobre o funcionamento do sistema digestório.
Espero que tenham gostado e estarei postando novas lições em MMB.
ALETÉA MARTINS – ale.nutri@live.com
Referências bibliográficas
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GARDNER, E. et al. Anatomia: estudo regional do corpo humano. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 4ª edição, 1988, pág 275, 357-385.
SILVEIRA, J.S.; BATISTA, A.M.F.B. Anatomia e fisiologia humana. FTC- EaD – Faculdade de Tecnologia e Ciências – Ensino à Distância. 1ª edição, 2007, pág 7-16.
Credito - MMB
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